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#Club&Casa Home – Intelectualidade marca conceito do projeto deste consultório médico

A harmonia entre materiais estruturais, obras de arte, peças de design, itens nobres e confortáveis garante a boa recepção dos pacientes.

Texto: Giulia Esposito
Fotos: Edgard César e Marcos Zap (retrato)/Divulgação

Estruturas cruas, deixa a infraestrutura à mostra entre ar-condicionado, tubulação elétrica e hidrossanitária. A sala de espera tornou-se um grande living, com piso em paginação que simula um tapete

Um renomado cirurgião plástico, também muito culto, sistemático e detalhista, desejava que, ao adentrarem seu consultório, os pacientes se sentissem como sendo recebidos em casa. Além disso, a ambientação do projeto de 150 m², situado no 15º pavimento de um edifício comercial no Setor Marista, em Goiânia, deveria refletir as características do anfitrião, em especial, a intelectualidade.

Na missão de torná-lo receptivo e personalizado, afastando a frieza dos consultórios médicos, os arquitetos André Brandão e Márcia Varizo, a gosto do cliente, deram protagonismo a estruturas mais cruas e menos rebuscadas, como o concreto aparente, abrindo mão de forro em áreas como a recepção, e deixando à mostra toda a parte de infraestrutura, entre ar-condicionado, tubulação elétrica e hidrossanitária.

Em continuidade à recepção, a sala de espera tornou-se um grande living, com piso em paginação que simula um tapete – item que a vigilância sanitária não permite utilizar em projetos deste tipo –, garantindo acolhimento, e um extenso e confortável sofá de couro caramelo. Esta peça é modular, justamente para que cada paciente possa ter o seu próprio as – sento e conforto para se movimentar. Como o doutor aprecia cores, em peças como as poltronas Luís VX e a icônica Barcelona – esta do designer alemão Mies Van der Rohe –, nuances de vermelho e verde sobressaem sobre a base neutra e de traços brutalistas. Em todas as paredes do ambiente, a tinta com efeito de concreto aparente preserva a linguagem.

À vista, o projeto luminotécnico lança mão de spots e, na área do teto sem forro, em que a laje é totalmente exposta, há iluminação bem técnica.
Sobre a mesa lateral figura um pendente que, embora muito eficaz, também atua como decorativo.
Poltronas Beg 1967, do designer Sergio Rodrigues, estruturadas em madeira tauari e com assento e encosto de couro natural, intensificam, além do conforto, a riqueza do design limpo e nacional. A mesa é de madeira freijó.
De atmosfera pacífica, a sala de atendimento é regada por arte e livros, que reforçam o grande interesse e a constante busca do médico por conhecimento.
As paredes do lavabo são revestidas por porcelanato que imita concreto aparente e a bancada é de granito preto escovado.
Os arquitetos André Brandão e Márcia Varizo

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